domingo, 27 de junho de 2010

Capítulo XXVI - Evangelho Segundo o Espiritismo








“Dai de graça o que de graça recebestes”

Disse Jesus aos seus discípulos, e por esse preceito estabelece que não se deve cobrar aquilo por que nada se pagou. Ora, o que eles haviam recebido de graça era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, ou seja, os maus Espíritos.
Esse dom lhe fora dado gratuitamente por Deus, para alívio dos que sofrem e para ajudar a propagação da fé. Ele lhes diz que não o transformem em objeto de comércio ou de especulação, nem em meio de vida. (Mateus X: 8)

Vamos trazer para o nosso dia a dia as palavras de Jesus:

Quais seriam as dádivas que o Senhor nos dá?

Ex: saúde, trabalho, moradia.

E como podemos ajudar ao próximo?

Se temos saúde, podemos ajudar um amigo que está doente, fazendo uma visita ou uma oração.

Você já fez um trabalho voluntário, como alfabetizar adultos, ler um livro para cegos, visitar um asilo?

O conforto espiritual que você recebe não tem preço que pague.

Se você tem no trabalho um amigo que está triste, converse com ele, pergunte se precisa de ajuda. Às vezes, uma palavra pode transformar a vida de alguém.

Disse ainda Jesus: Não façais que as vossas preces sejam pagas; não façais como os escribas, que “a pretexto de longas preces, devoram as casas das viúvas”, o que quer dizer: apossam-se de suas fortunas. A prece é um ato de caridade, um impulso do coração.

É justo, se uma amiga te liga e pede para orar pela mãe dela que está hospitalizada e você cobrar por isso?

A prece é um ato de fé, de amor e caridade. Não é um meio de ganhar a vida.

Jesus e seus discípulos chegaram, pois, a Jerusalém. E havendo Jesus entrado no templo, começou a lançar fora os que vendiam e compravam no templo; e derribou as mesas dos banqueiros, e as cadeiras dos que vendiam pombas; e não consentia que qualquer transportasse móvel algum pelo templo. E ele os ensinava, dizendo-lhes: Porventura não está escrito que a minha casa será chamada casa de oração entre todas as gentes? (Marcos, XI: 15-18: e semelhante em Mateus, XXI: 12-13).
Jesus quis mostrar que os templos são para orar e não para fazer comércio.


E quanto à Mediunidade?

Toda pessoa que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por isso mesmo, médium. Essa faculdade é inerente ao homem, e, por conseguinte, não é, de nenhum modo, um privilégio exclusivo.
Os médiuns na Doutrina Espírita devem doar os seus dons em favor do próximo nada cobrando. Usar o seu tempo disponível para esse trabalho e não fazer dele um modo de sobrevivência.
A prece é eficaz quuando doamos o que temos de melhor em favor de um necessitado.
Quando mentalizamos uma pessoa em aflição e oramos sinceramente por ela, o padrão vibratório dessa pessoa se eleva e há um alívio imediato em seu coração.
Só Jesus na sua infinita bondade pode permitir esse intercambio mental. Ele é o responsável pela graça e não nós. Somos apenas mediadores bem intencionados.
Essa é a verdadeira caridade.
O exemplo mais importante do Espiritismo é o nosso Chico Xavier que dedicou sua vida a ajudar ao próximo.
Aqueles que viram o filme de sua vida puderam ver o amor que ele dedicava ao próximo.
Psicografou mais de 400 livros e nunca ficou com um centavo de direitos autorais sobre as vendas.
Quando ele recebia uma mensagem e via a felicidade da pessoa, já estava recompensado.
No filme recentemente divulgado em todas as telas do Brasil mostrou sua vida maravilhosa.
Quando aceitou, depois de muita insistência, um relógio de uma pessoa que havia acabado de receber uma mensagem, logo em seguida tirou do bolso o presente e doou a outra pessoa que não tinha como tomar os remédios na hora certa, pois não havia jeito de controlar os horários, sem um marcador.
Vejam o que é o Amor ao próximo, queridos companheiros, e sintam dentro de si a fé e o amor de Jesus renascerem em seu coração.
A felicidade não entra em portas trancadas, disse Emmanuel.
Abra o seu coração e pratique o amor. Não tenha medo, o amor faz bem, eleva, faz superar dificuldades.

Consulta:
Alan Kardec: Evangelho Segundo o Espiritismo
Obras Póstumas

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