terça-feira, 6 de julho de 2010

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS



Continuando o estudo do 1º Capítulo do Livro dos Espíritos temos:




4 - Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá.
Para crer em Deus basta lançar os olhos sobre as obras da criação. O Universo existe; ele tem,pois, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e adiantar que o nada pode fazer alguma coisa.


5 - Que consequência se pode tirar do sentimento intuitivo que todos os homens carregam em si mesmos da existência de Deus?

Que Deus existe; porque de onde lhe viria esse sentimento se ele não repousasse sobre nada? E ainda uma consequência do princípio de que não há efeito sem causa.


6 - O sentimento íntimo, que temos em nós mesmos, da existência de Deus, não seria o fato da educação e o produto de idéias adquiridas?


Se assim fosse, por que os vossos selvagens teriam esse sentimento?

Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse senão o produto de um ensinamento, ele não seria universal, e não existiria, como as noções de ciência, senão naqueles que teriam podido receber esse ensinamento.


7 - Poder-se-ia encontrar a causa primeira da formação das coisas nas propriedades íntimas da matéria?

Mas então qual seria a causa dessas propriedades? É precisso sempre uma causa primeira.

Atribuir a formação primeira das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter uma causa.


8 - Que pensar da opinião que atribui a formação primeira a uma combinação fortuita da matéria, isto é, ao acaso?

Outro absurdo! Que homem de bom senso pode olhar o acaso como ser inteligente? Aliás, que é o acaso? Nada.

A harmonia que regula as atividades do Universo revela combinações e fins determinados e, por isso mesmo, revela a força inteligente. Atribuir a formação primeira ao acaso seria um contrasenso, porque o acaso é cego e não pode produzir os efeitos da inteligência. Um acaso inteligente não seria mais o acaso.


9 - Onde se vê, na causa primeira, uma inteligência suprema e superior a todas as inteligencias?

Tendes um provérbio que diz isto: pela obra se reconhece o artífice. Pois bem! olhai a obra e procurai o artífice. É o orgulho que engendra a incredulidade. O homem orgulhoso não vê nada acima dele e é por isso que ele se chama de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!

Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras; nenhum ser humano não podendo criar o que produz a Natureza, a causa primeira, pois, é uma inteligência superior a Humanidade.

Quaisquer que sejam os prodígios realizados pela inteligência humana, essa inteligência tem, ela mesma, uma causa, e quanto mais o que ela realiza é grande, mais a causa primeira deve ser grande. Esta inteligência é a causa primeira de todas as coisas, qualquer que seja o nome sob o qual o homem a designe.

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